Keywords :
preschool, second language learning, book-related activities, self-initiated topic changes, topic, proficiency
Abstract :
[en] The present research traces the second language learning process in Luxembourgish during book related activities by 4- to 5-year old pre-schoolers with Portuguese, Cap Verdean and Brazilian origins. With 47,2% of the preschool population being of foreign origins, the Lusophone community forms the largest group with 24,1%. This salient fast growing multilingual and multicultural population learns Luxembourgish for integration and everyday interaction and, hence, challenges public education with its diverse and altering demands.
The present study enlarges second language research in the Luxembourgish context and links to previous investigation on topics, however, by taking a pragmatic stance towards topics. Through the foregrounding of the local topic management as well as its impact on activities, which are less teacher controlled, the study pictures second language learning as a product of co-constructed interaction. The focus lies on the negotiation of story meaning through self-initiated topic changes during three book related activities: Joint reading, storytelling and play. The data consists of video recorded lessons and on stimulated recall interviews with the teachers. A multi-method framework is used to investigate pupils’ interaction and language learning processes. From a quantitative point of view, the study analyses how pupils’ utterance length varies according to the openness of the lesson by allowing self-initiated topic changes as well as the design of the book activity (1) led by teachers or (2) by the pupils. From a qualitative stance, a sequence-by-sequence analysis of the jointly constructed narrative identifies the interactional dynamics of the collaborative storytelling activities and the use of self-initiated topic changes which children draw upon to express themselves more freely.
The results show that children’s utterances vary according to the activity type. Pupils produce longer utterances, when they can self-initiate a topic hereby boosting their second language proficiency – either because the teacher is withdrawing or because the participation framework is open enough for them to make creative use of the language. The children also show their capability of successfully managing topic changes without the presence of the teacher while at the same time co-constructing the meaning of the story and paying attention to lexical details. The interviews reveal the teachers’ astonishment for the degree of pupil participation as well as their pedagogical practices. Implications from the analysis are gathered in a theoretical model that links opportunities for self-initiated topic changes to language proficiency. Recommendations for a more active pupil participation during book related activities point to sense-making, joint topic negotiation and story enactment.
[pt] O objetivo do presente estudo que utiliza vários métodos, consiste em investigar o processo de aprendizagem do Luxemburguês de crianças entre 4 e 5 anos de idade de ascendência portuguesa, cabo verdiana e brasileira durante atividades com livros de leitura na educação infantil. 47,2% da população do jardim de infância são de origem estrangeira e a comunidade de lusófonos forma o grupo maior com 24,1%. Essa população multilíngue e multicultural, que vem crescendo rapidamente, aprende o Luxemburguês para a integração e a interação quotidiana e como resultado desafia a educação pública com suas necessidades diversificadas e alteradas.
Essa pesquisa alarga estudos de luxemburguês como segunda língua e combina investigações sobre temas, mas adota uma perspetiva pragmática. Ao analisar a gestão local de tema tal e o seu impacto na atividades menos controladas pelas professoras no primeiro plano, o estudo descreve o processo de aprendizagem de luxemburguês por essas crianças como uma interação co-construída entre crianças e professores? O foco é em crianças que negociam o sentido de uma história através de trocas de temas iniciados pelas próprias crianças durante atividades com os livros de leitura: leitura conjunta, contação de histórias e brincadeira. Os dados consistem em aulas filmadas e em entrevistas de lembrança estimulada com as professoras. Vários métodos foram utilizados para investigar a interação e o aprendizado da segunda língua dos alunos. Com uma abordagem quantitativa, o estudo analisa como a extensão dos comentários das crianças varia conforme o grau de abertura da atividade que permite trocas de temas e o design da atividade do livro que é guiada 1) pelas professoras ou 2) pelos alunos. De um ângulo qualitativo, uma análise das sequências das narrativas construídas em conjunto identifica a dinâmica da interação das contações de histórias conjuntas e o uso de trocas de tema usadas pelas crianças para expressarem-se mais livremente.
Os resultados apontam para a variabilidade dos comentários infantis nos dois tipos de atividades. Os alunos produziram enunciados mais longos quando iniciaram autonomamente uma troca de tema alargando o seu conhecimento linguístico com isso – ou porque a professora deixou de conduzir a tarefa rigidamente ou porque a estrutura de participação é bastante aberta que os permitem usar a língua criativamente. As crianças também revelaram a sua capacidade em fazer trocas de tema com sucesso na ausência da professora enquanto construíam conjuntamente o sentido da história e atentavam para detalhes linguísticos. As entrevistas com as professoras revelaram a sua surpresa com o grau de participação dos alunos e com a sua própria prática pedagógica. Implicações da análise juntam-se num modelo teórico que liga oportunidades para trocas de tema auto-iniciada à proficiência. O estudo sugere que uma maior participação dos alunos durante as atividades com livros de leitura pode ser otimizada pela produção de sentido, negociação de tema conjunta e brincadeira de histórias.